Partículas Elementares foram tema de palestra no CEFET-MG

Professor Leonardo dos Santos Lima na palestra sobre Física de Partículas. Créditos: Matheus Ruas/Agência Pixel.

por Júnia Teixeira e Anna Carolina Gomes/Agência Pixel

Ocorreu na última terça feira (28), no campus I do CEFET-MG, uma palestra sobre “Partículas Elementares”, ministrada pelo professor do Departamento de Física e Matemática do CEFET-MG Leonardo dos Santos Lima, doutor em Física pela UFMG e pós doutor pela Technische Universität Kaiserslautern. O evento foi promovido pelo Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia Intercampi do CEFET-MG (GEDAI) e contou com a presença de alunos do técnico e graduação além de servidores da instituição.

A física de partículas é a parte da física que procura responder do que a matéria na menor escala de tamanho possível é feita. Apesar de muitas perguntas relacionadas ao assunto ainda não terem respostas, já se sabe que a matéria, a nível sub-atômico, é constituída por elétrons, prótons, nêutrons, píons entre outros, com vasto espaço vazio entre eles e que uma quantidade astronômica de réplicas idênticas desses elementos formam tudo que existe.

O público acompanhou atentamente as explicações. Créditos: Matheus Ruas/Agência Pixel.

A busca por um entendimento sobre como essas partículas elementares interagem entre si levou à formulação de um Modelo Padrão que envolve a relatividade espacial e a mecânica quântica. O modelo mais sofisticado atualmente que descreve todas as interações envolvendo as partículas elementares é a Teoria Quântica Relativística. Todas as informações disponíveis sobre as partículas elementares que esse modelo se baseia vêm de decaimentos de reatores nucleares, onde uma variedade de partículas são emitidas quando um núcleo radioativo desintegra-se, dos raios cósmicos que atingem constantemente a Terra e ao colidirem com núcleos da alta atmosfera obtêm uma variedade de partículas e através de aceleradores que são constituídos por elétrons e prótons que são acelerados contra um alvo e através de arranjos montados para absorver ou desviar as partículas resultantes, analisa-se as espécies que se deseja estudar.

Aplicações tecnológicas

Esse complexo estudo concede à humanidade aplicações tecnológicas de imensa importância. Seringas, bisturis e outros instrumentos médicos são desinfetados quando expostos a uma série de pequenos aceleradores de partículas e bombardeados com feixes de elétrons ou raios X. Os microorganismos presentes são eliminados em questão de segundos. Também em âmbito medicinal, a Tomografia por Emissão de Pósitrons permite o exame de órgãos e tecidos dentro do corpo. Isso ocorre porque um decaimento radioativo emite pósitrons que se aniquilam com elétrons vizinhos e liberam fótons. Estes são detectados e usados para compor imagens tridimensionais.

Dessa forma, a física avança nos estudos das partículas, apresentando respostas às perguntas que são feitas desde os tempos antigos por toda a humanidade: de que são feitas as coisas e como tudo começou.

O professor Leonardo destacou em sua palestra que o tema é de extremo interesse da atualidade e tem muito o que ser descoberto e pesquisado sobre ele, o que requer alto investimento em equipamentos. “Devido à necessidade de uma tecnologia muito sofisticada, como aceleradores de partículas com energia muito alta são necessários gastos muito altos muito altos, por isso existe um pouco de limitação para esse tipo de pesquisa no Brasil, já no exterior é encontrado mais recursos para esse tipo de pesquisa”, relata .

Ele afirma também que ainda se tem muitos questionamentos sobre o assunto, mas que estes devem ser solucionados no decorrer dos anos. “Ainda temos várias postulações, o modelo padrão, que é o modelo que se conhece até hoje para descrever as partículas elementares ainda não é um modelo fechado, tem-se ainda várias coisas para serem descobertas”, finalizou.

Vejam abaixo mais imagens do evento. Créditos: Matheus Ruas/Agência Pixel.

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